A morte pode ser vivida como algo extraordinário, se a vida for vivida como algo extraordinário. Na maior parte das vezes só chegamos a ter consciência da nossa finitude no momento em que nos vemos muito próximos da morte. Ou por uma doença, um acidente, ou por perceber que estamos envelhecendo e caminhando para os momentos finais da vida. E pode chegar um certo arrependimento por não ter vivido com plenitude os momentos que nos tocaram ao longo do caminho.
É relevante dar-se conta de que iremos morrer? Essa pergunta provoca uma profunda reflexão e para além disso, é potente ao ponto de nos trazer transformações reais e concretas. Ter consciência de nosso ser mortal possibilita uma mudança de olhar e de nos relacionarmos com a Vida, esse dom precioso que recebemos.Refletir sobre o luto, os momentos finais, experimentar as pequenas mortes diárias, os finais de ciclos, os ritos de passagem são portas que nos acercam do contato com o infinito e ao mesmo tempo com a força vital.
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